quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Não é tristeza, é doença
Você sabia que a depressão não é um estado de espírito, mas uma doença mental? E, além disso, é a mais comum no mundo, atingindo 7% da população mundial, cerca de 400 milhões de pessoas. Ademais, 10% dos cidadãos brasileiros apresentam quadros depressivos, porém grande parte não faz ideia de que possui a doença. Ela deve ser tratada e levada muito a sério por todos que convivem com alguém que sofre com essa condição.
Segundo o psicólogo e Co-CEO do Instituto Internacional Japonês de Coaching, João Alexandre Borba, a depressão "é um estado patológico, que dura, geralmente, 15 dias. Ou seja, a pessoa tem depressão por um tempo determinado, mas os episódios vêm e vão". Os sintomas são vários e prejudicam o desempenho no trabalho, na vida social e no âmbito psicológico. Além de sentir-se deprimido praticamente todos os dias, existe a anedonia, que é a "falta de ânimo e disposição, incapacidade de sentir prazer em atividades que, normalmente, seriam agradáveis, juntamente a pensamentos negativos, desesperança e desamparo", afirma Borba.
Existem, para adultos, efeitos menos conhecidos que devem receber atenção caso alguém apresente tendências a ser depressivo, como: alteração de peso (ganho ou perda não intencional), fadiga ou perda de energia constantes, insônia ou sonolência excessiva diárias, agitação ou apatia psicomotora, sentimento de culpa e inutilidade constante, desconcentração, baixa autoestima, alteração da libido, e ideias suicidas. "Em crianças e adolescentes, o humor deprimido pode se manifestar por meio de irritabilidade, rebeldia, baixo rendimento escolar ao invés de tristeza", assegura o profissional de recursos humanos.
Existe uma predisposição genética para desenvolver a doença, "a ocorrência de depressão em um membro da família aumenta muito a possibilidade de se ter o transtorno", descreve o psicólogo. Porém, o ambiente onde se vive influencia, e muito, no desenrolar dos fatos. Não existe uma receita mágica para prevenir o distúrbio, entretanto o Co-CEO adverte que é possível diminuir as chances ao ter uma boa qualidade de vida e ser ensinado desde criança a lidar com problemas, conflitos e dificuldades.
A depressão pode causar outros distúrbios, como diminuição da resistência do sistema imunológico. Pode levar também à adoção involuntária de hábitos não saudáveis, por exemplo beber, fumar, não cuidar da higiene pessoal, etc.
Entende-se que é uma doença sem cura, mas que pode ser tratada por meio de remédios e psicoterapia. Com a medicina atual, os pacientes que tem acompanhamento constante mostram grande melhora nos quadros, com menor número de episódios e menor intensidade. A prática de exercícios físicos é recomendada pois gera disposição e energia, porém é preciso que haja um rodízio das atividades para que quem tem o transtorno se mantenha interessado. Tem até alimentos que podem ajudar no caso, como maçã, melancia, castanhas, leite, iogurte, alimentos naturais e com pouca gordura.
O especialista
João Alexandre Borba, Co-CEO do Instituto Internacional Japonês de Coaching e Psicólogo
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