sexta-feira, 5 de abril de 2013

{livro} Os dias no holocausto por uma visão diferente

Fotos: Estilo Máximo.



Sinopse

Anne Frank nasceu em 1929, na Alemanha, filha de um banqueiro e de uma dona de casa. Aos 4 anos de idade, Anne foi obrigada a sair do país com sua família após a chegada de Adolph Hitler ao poder. Em 1942, com a perseguição aos judeus deflagrada também na Holanda, Otto Frank, sua mulher e filhas unem-se a mais quatro pessoas e decidem se esconder dos invasores alemães. Por dois anos, até serem delatados, eles tiveram que viver limitados ao anexo do sótão do escritório de Otto Frank. No esconderijo, o diário de Anne era o único instrumento de liberdade que ela possuía, e, nele, relatou a vida cotidiana do Anexo Secreto, as transformações sofridas por cada um dos que ali residiam e a angústia daqueles dias. Anne Frank morreu de tifo, no campo de concentração Bergen-Belsen, aos 15 anos de idade.


Emoção a cada página

Sei que muitas pessoas ao lerem esse post vai achar que essa seja mais uma crítica nova para um livro antigo. Confesso que me interessei e muito em ler esta obra após assistir o filme Escritores da Liberdade, onde a professora Gruwell conseguiu exemplares para os alunos. Ao ver a reação deles com a leitura, aquilo despertou a minha atenção e me deu a certeza de que era um livro que não poderia faltar no meu hall de leituras.

Anne Frank. Foto Reprodução.

Anne, quando inicia o diário tem apenas 13 anos. É uma menina espevitada, alegre e muito diferente das outras garotas da época. Quando a família precisa se refugiar nos fundos de um prédio, o diário vira seu único refúgio para falar de tudo que pensa e sente sem precisar se incomodar com o que vão achar dela. Além disso, após um pronunciamento de Gerrit Bolkestein, membro do governo holandês, que disse que recolheria após a guerra todos os testemunhos oculares do sofrimento do povo holandês para guardar a história do país, Anne decidiu se dedicar ainda mais ao seu diário, uma vez que a intenção da garota era transformá-lo em um livro. 



Mesmo sendo tão nova, Anne consegue colocar em palavras todos os sentimentos e angústias que permeiam os que sofreram com o holocausto. Ela fala sobre os terrores da guerra, a ansiedade por novos dias onde a liberdade não fosse oprimida e o desejo de ser uma pessoa diferente de seu tempo. Particularmente, em dados momentos da leitura, a impressão que tive era de que um adulto havia escrito boa parte de seu diário, tamanha a sua maturidade e sensibilidade com o sofrimento alheio. Em uma das passagens, por exemplo, Anne diz:



Dá para imaginar que uma menina de 14 anos tenha tamanha sensibilidade para escrever tal coisa? A cada página, novas surpresas, novos fatos, novos acontecimentos, e, sobretudo, o desejo de uma menina que a guerra acabe e ela possa simplesmente ser livre.

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